Situação comum: bebê que morde os amiguinhos e coleguinhas no ambiente escolar ou os pais e cuidadores em casa. Segundo a educadora e escritora Marta Caetano, a educadora de artes e ilustradora Fabiola Dias Soares e a coordenadora pedagógica Giuliana Popoli de Paula, do CMEI Maria Paula Akrouche Sandoval dos Santos, é fundamental estar atento aos fatores que estão desencadeando as mordidas, pois a rotina – em casa ou na escola – pode influenciar.
Segundo elas, primeiramente, o educador tem de explicar para a criança que morder machuca e dói, sendo mediador no processo de aprendizagem. O ato de morder passa a ser um momento ideal para buscar a socialização entre as crianças. Como sugestão, pode-se apresentar a elas o algodãozinho mágico, que tem a função de ensinar a criança a “cuidar” do seu amigo.
Como lidar com criança que morde?
Ainda de acordo com as educadoras, o adulto deve agir com a criança mordedora com tranquilidade, pois nesse momento não é adequado chamar a atenção, mas, sim, esclarecer a ela sobre a dor que causa e ajudá-la a encontrar outra maneira de se comunicar.
Uma forma de ajudar o bebê é a partir de atividades que despertam a fala, os gestos e as emoções. Uma boa pedida para desenvolvimento das crianças pequenas é o educador propor atividades que tiram o foco delas em relação à mordida. Atividades de artes usando tintas comestíveis, materiais convencionais e alternativos como carvão, terra, areia etc., tendo a criança a liberdade de se expressar esteticamente.
Além disso, o movimento também se faz presente de forma insubstituível no que se refere ao desenvolvimento da criança, pois, a partir dele, ela brinca, corre, arrisca-se superando seus limites e conhecendo seu corpo.
E também na contação de histórias a criança entra na magia do faz de conta deixando sua imaginação fluir, conhecendo e viajando para vários lugares.
Dica: Algodão mágico!
Uma ideia lúdica é mostrar para a criança o local da mordida e explicar que o amigo está triste e sentiu dor. Por isso se faz necessário cuidar dele. Aproveite para auxiliar a criança a passar o “algodãozinho mágico” no amigo, molhando-o no remédio fictício e passando-o no local da mordida três vezes ao dia por, mais ou menos, uma semana.
Quando estiver passando o remedinho no amigo, explicar para a criança que esse momento é para cuidar do machucado. Com isso, aprende-se a cuidar e a respeitar o outro. Mas que fique claro: esses momentos são de construção da identidade pessoal e social da criança e os resultados primordiais a criança apresentará no decorrer do seu desenvolvimento.
O que diz Freud
Segundo Freud, essa fase em que bebês mordem muito chama-se fase oral, pois o primeiro contato da criança com o mundo é pela boca e morder faz parte disso.
Mas, quando a criança se sente insegura, sente ciúme, está ansiosa, e passa grande parte de seu dia dentro de uma instituição que não se tem uma rotina adequada, os espaços são mal organizados, tem carência de brinquedos e o sono da criança não é respeitado biologicamente, a mordida pode se tornar algo constante.
Dicas de Leitura
Agora confira alguns livros que podem ajudar a lidar com essa fase difícil. Para ajudar a falar sobre mordidas e sobre as emoções e como lidar com elas. Aproveite!
Esperamos ter ajudado a encontrar soluções e respostas para essa fase tão desafiadora. A criança está em constante desenvolvimento e esse é mais um aprendizado que irá acontecer com tempo e paciência.
Mãe da Olívia, Criadora de Conteúdo desde 2013, Especialista em Conteúdo & SEO, Bacharel em Sistemas de Informação e pós graduada em Gestão de Pessoas.
Atualizado em 2024-11-10 / Imagens e Dados da Amazon Brasil (API)